A nova gestão do parque Hopi Hari, em Vinhedo, pretende aprovar até o fim do ano um novo plano de recuperação judicial, que incluirá credores que ficaram de fora do anterior, como o BNDES. A dívida do parque de diversões é de cerca de R$ 400 milhões.
No primeiro plano de recuperação judicial, a proposta excluía três dos quatro credores que concentravam R$ 363 milhões da dívida total. “Vamos honrar este compromisso antes de fazer grandes investimentos no parque. Nós temos um prazo de dois meses para fazer isso e entregar o plano ao MP (Ministério Público). Até o final do ano temos que fazer uma assembleia e aprovar na Justiça”, explicou o novo presidente do parque, Alexandre Rodrigues.
A mudança na diretoria ocorreu no começo de junho, gerou protestos de trabalhadores e foi apaziguada após um acordo na Justiça do Trabalho. Por causa dessa alteração no corpo diretor da empresa, o plano de reativar a Torre Eiffel, fechada desde 2012 após a morte de uma adolescente, foi descartado. O caso manchou a imagem do parque, que seguiu por uma crise após o ocorrido e tenta se reerguer.
“Nada é definitivo, mas a ideia é não ativar a torre por conta do valor de investimento e os compromissos com credores”, explicou Rodrigues.
NOVAS ATRAÇÕES
Por causa das dívidas, o parque não pretende abrir novas atrações grandes neste ano, apenas atividades menores. O gestor não explicou quais seriam. No entanto, garantiu que manterá o Hopi Hari funcionando apenas com o elevador desativado e com todas as normas de segurança.
Atualmente, o parque funciona de quinta a domingo e abre às 11h. O Hopi Hari recebe uma média de 4 mil visitantes ao dia, segundo a direção. No auge, em 2012, o parque recebia cerca de 20 mil visitantes por dia.